A Virgínia do Carmo, minha estimada editora, desafiou-me um dia a perpetuar o meu livro As Perguntas que Somos, a levá-lo para o palco, transformá-lo numa conversa em direto que pudesse cruzar as diferentes conversas que inclui e que foram conduzidas uma de cada vez, eu com cada entrevistado. E que, oportunamente, podem ganhar segunda vida, num espaço de ampliação e amplificação que junta ao mesmo tempo vários entrevistados, juntos.
Este desafio rapidamente me levou à memória as palavras do historiador José Miguel Sardica, autor do Posfácio do livro, que escreveu: «Nas páginas deste livro coligem-se os encontros da entrevistadora com oito escritores e dois poetas, uma encadernadora/restauradora de livros, cinco professores universitários oriundos de diferentes disciplinas, uma cientista política, uma consultora/formadora na área da inclusão, dois sacerdotes, um historiador da arte, um arquiteto, um artista plástico, um fotógrafo, três gestores, três empresários, um economista, um matemático, uma empreendedora e um humorista. Se imaginássemos todas estas 34 vozes reunidas em simultâneo numa sala, teríamos porventura dificuldade em prever os rumos e conteúdos do que conversariam juntos». Nunca mais me esqueci desta imagem imaginária de todos nós, juntos, numa conversa improvável, imprevisível.
No dia 25 de março, num segmento temático à volta da poesia, para celebrar o Dia Mundial da Poesia, a poeta Raquel Serejo Martins, o poeta André Osório e a encadernadora Andreia Tibério dos Santos estiveram comigo, juntos. Neste vídeo, encontramos a história que liga várias das palavras partilhadas, com assinatura de Helena Costa. Sejam muito bem-vindos!
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