Fotografia: Cortesia de Ricardo Quintas.

 

A pergunta que se faz a ela própria não é «Porquê eu?», mas «Para quê eu?». Endereça a sua maior inquietação à finalidade e à missão. Como quem está ao serviço de. Conheci Mafalda Ribeiro no dia em que assisti a uma entrevista dada ao escritor e jornalista Luís Osório, no seu ciclo de entrevistas “30 portugueses, um país”. No final, dirigi-me à Mafalda e conversámos como se algo maior nos unisse, para além do meu único primo direito, seu bom amigo. Esta conversa com o Entre | Vistas ficaria desde então destinada. Tem o corpo pequenino de criança que a doença rara congénita Osteogénese Imperfeita (conhecida como a “doença dos ossos de vidro”) lhe legou. A cadeira de rodas que a transporta não é, no entanto, um obstáculo intransponível. É um veículo para chegar mais longe. Para “Sorrir Sobre Rodas”, pedindo emprestado o nome ao projeto que criou. Possui mais de uma centena de fraturas no corpo de palmo e meio, mas é desconcertante, pelo humor, a rapidez de raciocínio e a audácia. É uma comunicadora nata e é chamada a falar como oradora motivacional, certificada em Storytelling e Coaching Internacional. Se fosse uma música, seria samba. Foi frequentadora da discoteca Plateau. No dia em que nos conhecemos, usava batom vermelho. E em tantos outros o faz.

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