18 artistas contemporâneos e gessos da coleção da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa dão corpo à exposição que acaba de inaugurar na Fundação Calouste Gulbenkian, numa elegante interpretação do papel do molde em gesso na escultura e no quotidiano.

Para além da beleza e do diálogo em que entram esculturas clássicas e contemporâneas, podemos testemunhar nesta exposição o papel determinante do gesso para capturar e cristalizar no tempo um momento, um sentimento, uma mensagem. Simultaneamente, observamos a evolução das técnicas mais modernas, caso da digitalização e da impressão 3D que cumprem exatamente a mesma função de fixar no tempo, perpetuando uma escultura de referência ou um momento específico do trivial dia a dia.

Sem uma narrativa específica, a exposição pode ser vivida pela ordem que o visitante desejar, com o mérito de nos aproximar de obras distantes no espaço e no tempo e de, através da capacidade de edificar o tempo, preservar uma forma de estar, uma etapa no crescimento, um lugar arqueológico ou a fachada icónica de um edifício. Cumprindo uma espécie de estética do movimento, os moldes em gesso permitem, ainda, absorver as diferentes transformações às quais uma forma está sujeita ao longo dos anos.

Com curadora principal de Penelope Curtis e coprodução da Fundação Calouste Gulbenkian e das Beaux-Arts de Paris, em articulação com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a exposição Esculturas Infinitas é uma oportunidade para contemplar as formas – e a sua beleza – que sintetizam essa abstração que o tempo é.


 + Informação Esculturas Infinitas. Do Gesso ao Digital

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