Homenagear, como o dicionário indicaria em qualquer circunstância (ou edição), pressupõe consagrar, reconhecer o valor, atribuir mérito a. Homenagear no feminino, por sua vez, segmenta deliberadamente. É o que a exposição temporária “Joias para a Democracia” se propõe fazer, num contexto de particular simbolismo para a história de Portugal: esse abril que (já) foi e que neste 2024 se recorda com celebração maior.

Esta exposição, integrada nas iniciativas da 2.ª Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea de Lisboa, pode ser vista até 30 de junho, no Museu do Tesouro Real, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

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Com curadoria de Marta Costa Reis, “Joias para a Democracia” materializa um desafio lançado aos joalheiros membros da PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea «para criarem uma joia para uma mulher que se tenha distinguido na luta pela democracia e os seus valores fundamentais». Ligando o pendor feminino da joia, enquanto acessório de beleza e criação de significado, ao reconhecimento do papel da mulher no contributo para a democracia portuguesa e mundial, esta exposição homenageia mulheres escolhidas pelos próprios artistas.

Encontram-se entre as homenageadas mulheres portuguesas e de outras nacionalidades, como Ana Hatherly, Catarina Eufémia, Manuela Eanes, Maria Barroso, Maria Lamas, Maria Teresa Horta, Natália Correia, Paula Rego, Snu Abecassis ou Yelena Osipova. Umas tiveram funções políticas, outras são artistas, escritoras, educadoras, outras ainda anónimas.

Comum a todas, os artistas desafiados reconheceram ideais. Que tangibilizam uma ideia de uma sociedade mais evoluída. Mais justa.

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