O Entre Vistas faz hoje 6 meses! Está ultrapassado o período que, tipicamente, no contexto laboral, é considerado de/à experiência. É certo! Mas, mais do que isso (muito mais do que isso), estes primeiros 6 meses de vida do Entre Vistas são já a confirmação de que o seu lançamento valeu muitíssimo a pena.

Ao longo deste tempo, o fruto mais expressivo a assinalar é o desafio que me foi dirigido, algures em março, para falar sobre escrita a um grupo de jovens universitárias. Daí nasceu o programa (disponível abaixo), que defini com enorme gozo e amor à escrita. Com a preocupação de levar as próprias formandas a pensar sobre que requisitos devemos ter e a que ferramentas recorrer para escrever, independentemente de a escrita ser ou não uma ambição de vida. Apenas com a consciência de que escrevemos tantas e tantas vezes, da SMS ao e-mail, do texto técnico ao menos técnico, que devemos fazê-lo da melhor forma que pudermos. É da nossa língua, e da nossa identidade cultural, afinal, que estamos a falar. Além de que, escrever é uma das mais nobres formas de comunicação, porque a escrever elaboramos pensamentos como não o sabemos, por norma, fazer na oralidade. Em abril lá fui, então, em duas manhãs de sábado, falar sobre escrever. Alguém que segue com regularidade o Entre Vistas achou que eu poderia fazê-lo. Que voto de confiança… Em meia dúzia de horas não se ensina ninguém a escrever melhor. Pensei! Mas é pelo menos possível deixar sementes e lançar uma pergunta: “Escrita: para que te quero?”. Eis o nome que dei ao workshop. Para mim, o desafio foi gigante. E o gozo, então! Sobretudo porque a desvendar-me o retorno esteve o entusiasmo das alunas, o interesse e a pertinência das suas dúvidas, o respeito pela mecânica das tarefas e a energia depositada.

Entre as reações completamente inesperadas, nestes 6 meses, recordo ainda a referência da escritora Teolinda Gersão, na sua página pessoal do Facebook, à entrevista dada por Jorge Galhardas ao Entre Vistas. Sinalizo referência também feita no Facebook pelo Jardim-Infantil Pestalozzi à entrevista aqui dada pelo seu antigo aluno, Miguel Duarte. Nos dias a seguir ao lançamento, o Entre Vistas foi notícia num dos sítios de maior referência sobre indústrias culturais: industrias-culturais.blogspot.pt

Para meu espanto, tantas e tantas vezes recebo reações de seguidores que aguardam as novas publicações e que, inesperadamente, me contam que descobriram esta ou aquela referência… no Entre Vistas. E este consegue ser o melhor retorno de todos. Em paralelo com a disponibilidade e a colaboração de todos os entrevistados que até ao momento ficaram Entre Vistas: Pedro Proença, Miguel Duarte, Jorge Galhardas, Ana Margarida de Carvalho, Vítor Feytor Pinto, Pedro Pita Barros e Carlos Campaniço. Por todas as horas que passei a ouvi-los, o Entre Vistas já cumpriu grande parte da sua missão. A meu ver.


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