A arte é popular, vulgarmente classificada como “Bonecos de Estremoz”, faz-se de barro, à mão, e tem mais de 300 anos de vida. Uma vida que agora se renova com o reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) de Património Cultural Imaterial da Humanidade. A decisão acaba de chegar da Ilha Jeju, na Coreia do Sul, onde decorreu esta quinta-feira a 12.ª reunião do Comité Intergovernamental da UNESCO.

Os chamados “Bonecos de Estremoz” abrangem mais de uma centena de figuras modeladas e produzidas em barro cozido, com recurso a uma técnica oriunda do século XVII. As diversas figuras materializam a identidade e a cultura de Estremoz, no distrito de Évora, contribuindo para preservar na memória coletiva os costumes, a indumentária e as atividades das gentes que têm ao longo dos últimos séculos vindo a povoar aquela zona do Alentejo.

Este reconhecimento agora trazido pela UNESCO a Estremoz vem não só constituir um importante chamariz para atrair o olhar externo, quer de portugueses, quer de estrangeiros, como traduz uma evidente e fundamental valorização do trabalho feito à mão (o que escasseia por aí neste mundo exuberantemente tecnológico…).

E assim a tradição se mantém. Parabéns Estremoz!

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